quinta-feira, 2 de junho de 2011

Empresas se antecipam à lei que dá fim às sacolas plásticas!

Lembro-me quando chegou uma rede de Supermercados de Atacados e varejo em Mossoró que não entregava sacolinhas de plástico pra colocar as compras. Fiquei simplismente indignada, como pode? Depois fui vendo que essa ideia estava sendo aplicada em várias redes de supermercados. O fato é que fazem mais de quatro anos  que essa lei esta em tramitação, o projeto de lei que proíbe a distribuição e a venda de sacolas plásticas no comércio da cidade de São Paulo foi aprovado e sancionado. A lei nº 15.374 foi publicada no dia 19 de maio. Mas há uma outra data ainda mais decisiva para os comerciantes paulistanos: a partir de janeiro de 2012, nada de sacolas plásticas nas lojas da cidade. Esse período é justamente para que os paulistanos tomem consciência dessa responsabilidade ambiental. Quem descumprir a lei pagará multa, que varia de R$ 50 mil a R$ 50 milhões, de acordo com o faturamento da empresa. 

O interessante é que vários empresários ja tomaram isso como política de sua empresa. A diretora de marketing da Rica Festa, Elis Rinaldi, afirmou: “Notamos que os nossos clientes questionavam no caixa se havia sacola de papel para as compras pequenas, como uma velinha de bolo ou mesmo um pacote de guardanapo. Alguns até passaram a se oferecer para levar o produto na própria bolsa”. 
Elis acredita que a rejeição ao plástico é característica de seu público - 80% formado por pessoas das classes A e B. “Para nós, o custo da sacola de papel chega a ser o dobro em comparação ao plástico, porém, o retorno dos clientes tem sido positivo, pois atendemos um nicho que tem consciência do impacto ao meio ambiente”, afirma.

As empresas farão um certo investimento para que realmente seja padronizado, mas o retorno que a organização vai ter vai ser bem melhor, pois ela passará pra os consumidores a "boa imagem" e por consequência isso afetará as suas receitas. Assim avalia Leonardo Diniz, diretor da Drogaria Iguatemi, com lojas em quatro shoppings paulistanos. Em julho passado, a troca do plástico pelo papel de reflorestamento elevou o custo unitário da embalagem de R$ 0,04 para R$ 0,90. “Aproveitamos a reforma das lojas para trocar as sacolas e fazer um layout sofisticado. Os clientes hoje praticamente desfilam com a nossa sacolinha e divulgam a empresa”, diz.

Em Belo Horizonte, onde a lei já está instituída, a chamada “sacola ecológica” (biodegradável) é vendida a R$ 0,19 para os clientes. Sua matéria-prima é de origem orgânica e passível de degradação pelas bactérias. Através disto, foi feito pesquisas, levantamentos e análises pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) e a conclusão foi que a cada dez consumidore, sete ja levaram a sacola ecológica e no início, assim que a lei foi aplicada, a cada dez, quatro pessoas compraram a sacola. 

A tabela comparativa de preços entre os materiais das sacolas pode ser muito variada, dependendo do tipo e qualidade. As opções em papel e a biodegradável podem ter o mesmo preço, enquanto a oxibiodegradável seria 23% mais barata e a de plástico comum, 30%.

Bom, lembrando que o uso da sacolinha de plástico comum continua em permissão, para embalar produtos vendidos a granel e alimentícios que soltam água, como as carnes.Outra obrigação presente na lei paulistana será a de afixar placas informativas (de 40 X 40 cm) nos estabelecimentos comerciais com os dizeres: "Poupe recursos naturais! Use sacolas reutilizáveis”.

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